Análise de Personalidade - Oliver Queen
Em "Arrow", Oliver Queen - filho de Moira e Robert Queen, ricos empresários muito famosos - tinha uma vida de farras, gostava de ir para boates, atraia a atenção de qualquer garota e conseguia fazer o que quisesse. Mas tudo isso mudou quando o navio em que ele estava afundou e ele acabou num pequeno bote salva vidas com o pai, o qual se matou para que Oliver pudesse sobreviver e corrigir os erros do pai.

Oliver acaba
preso numa ilha, onde ele sofre frequentes torturas, vê pessoas serem mortas,
torturadas, perde pessoas às quais se apegou na ilha, fica fraco, sente dores e
desenvolve uma visão de mundo totalmente diferente. Lá, ele precisou aprender a
matar para ter o que comer, aprender a lutar e se defender, a matar outros para
não ser morto, entre tantos outros desafios. Como continuar sendo aquele garoto
mimado e ingênuo, depois de ter visto e sentido o inferno? Os pensamentos,
crenças e comportamentos de Oliver mudam completamente.
Então, quando Oliver
consegue se livrar do inferno e finalmente voltar para sua cidade e sua
família, ele não pode voltar a viver sua vida de antes como se tudo tivesse
voltado ao normal. Afinal, agora ele sabe as coisas inimagináveis que existem
no mundo, a dor e o sofrimento que, antes, mal poderia imaginar... Com isso, Queen
decide manter uma vida dupla: em uma delas ele é o irmão, filho e amigo amoroso
que quer ficar com a família e amigos; e na outra, é o vigilante que está nas
ruas da cidade para acabar com os criminosos que seu pai informou que deveriam
ser eliminados. Com suas memórias traumatizantes e aprendizados, Oliver começa
a trabalhar sozinho para livrar a cidade de pessoas consideradas ruins por seu
pai.

Entretanto, as
vítimas de um trauma devastador, como os sofridos por Oliver, talvez nunca mais
voltem a ser biologicamente as mesmas, visto que a tensão incontrolável pode
ter efeitos biológicos intensos. Então Oliver mudou em todos os sentidos: psicologicamente, fisicamente e biologicamente. Mas o que faz a diferença em um
evento traumático é se este é controlável ou não por parte daquele que sente o
trauma. Se a pessoa que enfrenta o trauma sente que pode realizar algo diante
da situação traumática, ter algum controle, ela tem um prejuízo menor em termos
emocionais do que aquelas que sentem impotência diante da situação traumática.
Percebemos que Oliver, mesmo passando pelas piores situações imagináveis,
conseguia encontrar uma forma de reagir e de controlar ao menos um pouco da
situação, alguma forma de enfrentar a situação. Foi com essa sensação de poder
fazer algo que ele sobreviveu aos sofrimentos que ele passou e retornar para a
casa.
Mas acredita-se
que as lembranças traumáticas permanecem como pontos fixos da função do cérebro.
Isto porque elas afetam o aprendizado posterior, especialmente no que diz
respeito ao reaprendizado de uma resposta mais adequada aos fatos
traumatizantes. Isso explica as atitudes do Oliver, como em sua tendência em se
culpar pelas coisas que dão errado, independente da responsabilidade ser ou não
dele, como quando, por exemplo, grande parte dos Glades foi destruído pelo
Malcolm Merlyn ou quando Tommy Merlyn morreu. Já que, provavelmente, foi um
aprendizado ocorrido constantemente na ilha, em que por diversas vezes uma
escolha errada ou a execução errada de um movimento seu poderia causar a morte
dos seus aliados.
Especialmente
notável é o fato de que Oliver não sentia nem demonstrava ter muita
responsabilidade em sua vida anterior à ilha, o que enfatiza a importância das
vivências na ilha para essa mudança. Certo que ele continua chegando atrasado
para eventos e compromissos, mas atraso esse decorrente de seu papel como
vigilante; entretanto, ainda assim, ele sempre faz o possível para cumprir
todos seus compromissos como Oliver Queen e como vigilante.
Também é
preciso considerar que, devido aos rápidos acontecimentos e ameaças de
explosões e de mortes constantes, Oliver dificilmente se dá ao direito de
processar as perdas, embora me arrisque a dizer que, mesmo sem essas ameaças, ele
ainda assim evitaria se dar um momento para isso. O fato é que é necessário que
a pessoa se dê ao direito de lamentar a perda trazida pelo trauma, como um
ferimento, a perda de alguém que se ama ou o fim de uma relação; o
arrependimento por achar que não fez o suficiente para salvar uma pessoa, ou simplesmente
a perda da confiança. Afinal, é dessa forma que podemos elaborar os acontecimentos,
compreender, buscar significado ao que ocorreu e novos sentidos, encontrar
novas formas de seguir a vida, apesar do que aconteceu.
Apesar disso, é
muito frequente perceber no rosto de Oliver uma expressão facial totalmente
impassível em momentos que gerariam emoção em qualquer um. Ele sempre se culpa
pelo que sai errado, mas dificilmente se dá tempo para lamentar, o que
dificulta o processo de recuperação e superação do trauma, motivo pelo qual
essas atitudes se tornam cada vez mais frequentes, como num círculo vicioso.
Quanto mais um comportamento é repetido, mais ele é reforçado e aumenta a
chance de ser repetido novamente em uma situação semelhante.
Entretanto,
isso está longe de significar que Oliver está lidando com a situação numa boa.
Esta característica provavelmente é um mecanismo de defesa que ele encontrou
para suportar essas situações. Interessante notar que, conforme a história vai
se desenrolando, ele, com o auxílio especialmente do Diggle e da Felicity, vai
percebendo essas questões. Uma cena significativa que mostra essa questão é
quando Oliver reluta em montar um novo time, após a saída de seus amigos. Assim,
em uma conversa com a Felicity, ele admite que não deseja novos recrutas, pois
aprendeu no Bratva (organização da máfia russa) que não é bom deixar os outros saberem quem ele é de
verdade, nem se apegar a ninguém. Ele aprendeu que não pode se apegar a ninguém;
assim, busca controlar seus sentimentos ao máximo.

Oliver relata
que "Ensinam que a única pessoa que você pode confiar é você mesmo. Então
se não se apegar a ninguém, você não vai sentir a perda." Mesmo em sua
vida recente, ele tem novas lições que o levam a continuar acreditando nessa
crença, como quando ele tentou se abrir e realmente se apegou, - deixando a
Thea e o Roy participarem do time, por exemplo -, e estes foram embora.
Portanto, quando ele finalmente estava tentando superar as feridas do passado,
se apegando novamente às pessoas, ou elas foram embora, ou elas se machucaram;
optando por se afastar das pessoas para protegê-las e também para se proteger.
Portanto, a
forma de lidar com isso, para Oliver, foi tentando controlar suas emoções e,
muitas vezes, tentando se afastar dos que ama. Como o lamento e a elaboração da
situação são essenciais para superar de certa forma o trauma, este continua
fazendo parte constantemente da vida do Oliver, visto que o trauma não é
elaborado.

Assim, apesar
das várias tentativas de controlar seus sentimentos, de se afastar das pessoas
queridas por ele e de tentar evitar seu passado, ele ainda assim precisa lidar
com essas questões. Então, Oliver varia em momentos que tenta com toda sua
força evitá-los, e momentos em que não aguenta e demonstra seu amor por aqueles
que ama, se aproxima novamente deles e tenta elaborar o seu passado em
conversas com seus amigos. Enfim, como ele mesmo fala, ele não está certo de
quem ele é, ele precisa lidar com a elaboração do seu passado, processar a dor
enfrentada, para, então, conseguir se encontrar consigo mesmo e tornar sua
dupla identidade – vigilante e Oliver Queen – em uma só. Uma tarefa um tanto
quanto difícil, considerando que diariamente ele enfrenta situações fortes e
dolorosas, o que traz seu passado ao presente, enquanto ele tenta ignorá-lo
fervorosamente.
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