Quando certas crenças são prejudiciais

       O ser humano é afetado e influenciado por vários fatores, como o meio ambiente, sua cultura, as experiências na infância e ao longo da vida, o modelo de educação, entre tantos outros que vão formando o seu sistema de crenças que governam seu raciocínio, emoções e comportamentos.
       As crenças estão relacionadas à nossa explicação para a realidade que percebemos. Estas diretrizes de pensamentos começam a se formar já com as experiências da infância, podemos fazer associações que acreditamos ser verdadeiras e também possuimos crenças informativas, as quais são transmitidas por pessoas e podem ser, por exemplo, crenças religiosas, sociais, culturais e políticas.


       A ideia de que não devemos nos sentir tristes, ansiosas ou vulneráveis é um exemplo de crença que pode nos prejudicar, pois tentamos esconder ou mandar para longe tais sentimentos. É importante que saibamos lidar com emoções não agradáveis, como a tristeza, precisamos sentir e processar o sofrimento para que possamos superá-lo em vez de guardar dentro de si; assim encontramos equilíbrio para a mente e damos significado aos fatos e experiências negativas.


       O ser humano também tem um medo intenso de ser rejeitado, pois a crença de grande parte das pessoas diz que isso significa que há algo de errado consigo mesmo, além de sentir-se infeliz quando sozinho. Essa crença é muito prejudicial, especialmente quando associada à culpa e à baixa autoestima.
       Um último exemplo de crença que pode prejudicar as nossas vidas, é a ideia de que é preciso ser amado para ser feliz e realizado. O prejuízo se encontra em relacionar o seu valor como ser humano com a aceitação e o amor de outros, deixando o seu senso de valor nas mãos e ações de outras pessoas. Precisar ser apreciado por outra pessoa para se sentir importante e especial atrapalha a própria compreensão do próprio valor.


       Assim como estas crenças, há outras diversas que podem estar "trancando" e prejudicando nossas vidas e desenvolvimento pessoal. São conteúdos mentais que afetam e muitas vezes controlam nosso comportamento. Ao nos comportarmos conforme as nossas crenças, acabamos reforçando essas crenças e nossa convicção nelas; o que explica a grande dificuldade de questioná-las, percebê-las como prejudiciais e modificá-las.
        Entretanto, o esforço de refletir, perceber crenças não benéficas e buscar alterá-las é recompensado com nosso desenvolvimento pessoal, maior bem estar e um modo de vida mais leve e agradável.

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